O real motivo de alguns cidadãos sentirem medo de gato

Gato marrom de olhos caramelizados com expressaão de deboche.

O medo de gato é conhecido clinicamente como ailurofobia e popularmente como gatofobia promovendo enormes transtornos de pânico e ansiedade, em diversos indivíduos englobando crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos.

Esta paúra é bem mais comum do que se imagina chegando a limitar as atividades diárias e a interação social com outras pessoas, principalmente, as tutoras de gato. “Eu já perdi muitos namoros e amizades por causa de gato”, revela a dentista Talita de Souza Penharel, que chegou a descrever o seu medo em um artigo do site Pet Lovers.

É importante destacar que existe uma diferença muito grande entre apresentar pavor e simplesmente não gostar de gatos.

Para conhecer o seu real sentimento sobre este animal da família felídeo, este texto abordará os seguintes temas:

Índice
  1. Fundamento sociológico da gatofobia
  2. Como as pessoas expressam o seu medo de gato
  3. Medo de gato causa algum dano físico?
  4. Tratamento da ailurofobia
  5. Animal reverenciado na história
  6. Conclusão

Fundamento sociológico da gatofobia

O medo de gato existe por duas causas: medo físico de sofrer um ataque do animal (arranhão ou mordida) ou associação com algo maligno.

Quando criança, muitas pessoas cresceram com a lenda de que o cachorro representava Deus enquanto o gato seria o pet preferido do Diabo.

Muitos desenhos e quadrinhos, principalmente os antigos, colocam o bichano em uma situação de representar o Mal, cujo antagonista sempre é o símbolo do Bem.

Quem não se lembra do personagem Tom, cujo felino vivia perseguindo e atacando o simpático rato Jerry.

Outro aspecto negativo é que este animal, em muitas culturas, é inserido em rituais de magia, bruxaria ou espiritual, aonde por muitas vezes chega a ser ferido, sacrificado ou mumificado.

O gato no Brasil também é associado com vários esquemas de malandragem como burlar os serviços de água, luz, internet, celular, TV a cabo, produtos falsos ou documentos fraudados.

Como as pessoas expressam o seu medo de gato

O cidadão ‘gatofóbico’ reúne uma série de gatilhos ao iniciar um processo de colossal medo de gato. Ao perceber a presença de um felino, ele pode ficar paralisado ou sair correndo do ambiente ao qual se encontra.

Ao ouvir um simples miau ou observar um rabo de gato na sombra, a mente do perturbado só pensa em evitar aquele cenário. “Eu já fui embora de uma festa ao ver um bichano passeando pela sala”, relembra Talita.

A sensação de ojeriza ao felino é tão forte, que as pessoas que sofrem desta fobia perambulam pelas ruas observando compulsivamente uma possível presença de gatos e ao ver o animal entram em pânico na hora. “Eu sinto que os gatos sentem o meu horror a eles e me perseguem de propósito”, exagera a dentista.

Medo de gato causa algum dano físico?

A fobia por gato acontece no campo psicológico, cujo transtorno pode apresentar os seguintes sintomas físicos: tortura, vertigem, tremor, calafrio, formigamento, sudorese intensa, dor de cabeça, palpitação, boca seca ou dificuldade de respiração.

Além dos físicos, este trauma também atinge a saúde mental como preocupação excessiva, fixação nos problemas, irritabilidade, insônia, falta de senso de orientação, confusão verbal, medo de morrer e com muita possibilidade de iniciar uma grande depressão.

Porém, muitas pessoas desenvolveram a ailurofobia em virtude de terem sido mordidas ou arranhadas por um bichano no passado.

Como é de conhecimento geral, o gato é um animal arisco e não é muito afeito a agrados e carinhos. Ao sentir-se acuado, o felino não faz cerimônia em atacar.

Tratamento da ailurofobia

A fobia é uma aflição mental que deve ser diagnosticada e tratada por especialistas, cujo intuito é promover uma melhor qualidade de vida ao paciente evitando manifestações de ansiedade, isolamento social, abatimento e outros problemas crônicos de saúde.

O tratamento de um trauma deve ser instituído após um diagnóstico minucioso, que abrange aspectos físicos, cognitivos e psicossociais. Essa detalhada avaliação clínica serve como ponto de partida para a escolha de técnicas mais eficazes buscando atender necessidades específicas de cada paciente.

Cada caso é um caso, mas nos diagnósticos mais brandos, o terapeuta formaliza a seguinte técnica:

  • Por meio de inúmeras imagens de gatos, o paciente imagina a presença deste animal no dia a dia repetindo várias vezes a sua nomenclatura. A intenção deste procedimento é conquistar módicos avanços sem qualquer pressa no resultado.
  • A participação dos familiares neste processo clínico é essencial, pois eles reforçam a naturalidade da presença de um gato no contexto social e urbano da rotina diária de um cidadão comum.
  • Outro procedimento muito utilizado é identificar a origem dos pensamentos que geram uma ansiedade e tremor substituindo por mentalizações positivas, com a proposta do paciente passar a ignorar ou achar normal a presença de qualquer felino.

Na incidência de casos mais graves, o médico deve receitar medicamentos para combater a ansiedade, a insônia ou o começo de uma profunda depressão.

Animal reverenciado na história

Muitos povos da antiguidade idolatravam os felinos, pois acreditavam que eles eram dotados de poderes sobrenaturais. No Egito Antigo, os gatos eram considerados divindades, pois estavam sob a proteção de Best, deusa da fertilidade, da reprodução, da música, da dança e do amor, cuja representação é um cetro com a cabeça de um felino gracioso.

Ao falecer, o gato era mumificado e velado com importante cerimônia. Quem cometesse a heresia de matar um bichano, mesmo que acidentalmente, era destacado nesta comunidade como um criminoso.  

Talvez nenhum movimento esteja tão intimamente ligado à difamação dos gatos quanto a caça às bruxas do século XVII na Europa e nas colônias americanas.

A partir da Idade Média, estes felinos eram frequentemente vistos como servos, capatazes e mensageiros noturnos obedientes às ordens da bruxa.  

Na época dos julgamentos das bruxas de Salem em 1692 e 1693, acreditava-se que os gatos eram ligações das bruxas com o próprio diabo.

Conclusão

Depois de ler este artigo, você desconfiar que possui muitos atributos de um ‘gatofóbico’, não se desespere, pois não está sozinho.

Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 22% da população apresenta algum tipo de fobia animal.

A primeira providência é procurar um profissional da área mental e identificar se o seu caso é uma reles opinião de não curtir gatos ou se apresenta algum grau de repugnância que prejudica a normalidade de sua vida.

Em caso de confirmar uma fobia por gato inicie um tratamento o mais rápido possível, sendo que você poderá ler tranquilamente, as matérias do site Pet Lovers sobre este cativante peludo de quatro patas.

Ilustração de várias pessoas com expressões de fobia.
Ailurofobia: se você possui medo de gato, não está sozinho.

 

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